Dizer que somos fãs do cantor e compositor Jairo 'Lambari' Fernandes, seria ululante. Admiramos não apenas seu trabalho magnífico, mas também a forma atenciosa, pela qual trata seus fãs, fazendo de cada um de nós seus verdadeiros amigos.

Com intuito de reunirmos os admiradores do <º)))))>< de todos os cantos deste mundão de “Deus”, além de divulgarmos shows, fotos e curiosidades do nosso ídolo, tornamos público este fã clube.

Nós, (Doris Santana e Karla Figueiredo) administradoras deste fã clube, moradoras de Caçapava do Sul, nos reunimos, pela primeira vez em 25 de setembro de 2011 na “Sanga Oficial” para criarmos um blog e oficializamos a criação do “Cardume”.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Romance de chuva mansa

Na noite de amanhã (12/11/11) a 2ª música a subir no palco da XIX Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria (como já havíamos postado aqui no blog) é o Romance de Chuva Mansa, que tem a letra de Gujo Teixeira e foi musicada pelo <º)))))><. Desejamos um ótimo festival a todos.



Romance de Chuva Mansa
Ritmo: Milonga
Autor da Letra: Gujo Teixeira
Autor da Música: Jairo "Lambari" Fernandes
Intérprete: Jairo "Lambari" Fernandes


Num fim de tarde, Rosaflor voltava ao rancho
da mesma sanga, dos seus tempos de criança
já nem deu tempo de quarar lençóis e panos
porque o tempo se estendeu em chuva mansa.


Mariano Luna, vinha ao tranco sob um poncho
- de asas abertas feito um pássaro pra o ninho -
que um tempo feio desabava mais pra diante
e o rancho ainda tinhas sonhos e carinhos.


Costeando a casa junto a frondes do arvoredo
onde a querência é bem mais do que a infância
um gurizinho de bombacha e boina negra
brincava quieto, com seus ossos, numa estância.


Era por nada, um tempo ruim, quem sabe chuva
pra os olhos mansos de um guri quase estancieiro
com bois, ovelhas, vacas mansas e cavalos
e o sonho simples, de um dia ser campeiro.


Mariano Luna, prendeu um grito pra o guri
- pois dos seus sonhos só um grito lhe separa-
que deixou a sua estancia entre resmungos,
entrou pro rancho no seu potro de taquara.


Rosaflor olhava o tempo e um temporal
trazendo ventos, a se mostrar pela distância
e o guri, de olhos abertos na janela
cuidava a chuva, alagando a sua estância.


Depois o rancho escureceu sombreando velas
e o guri adormeceu seus sonhos tantos
de ser campeiro, igual ao pai, ser domador
de ter seus bois, vacas e ovelhas, nestes campos.


Mariano Luna e Rosaflor, entre seus mate,
cuidavam o sono do guri dormindo ao lado,
que nem ouviram a noite escura em lamentos
tamborilando a chuva mansa no telhado.




Fonte: Diário de Santa Maria

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